DEUS SABE MEU NOME

#SudesteAsiático Sua mãe a fez orar às divindades chinesas quando Emily* (agora com 42) era criança, a instruindo a sempre dizer seu nome, idade e endereço. Emily sempre se perguntou o porquê esses deuses não sabiam o nome dela. Quando seus pais viajaram de seu país natal, Cingapura, à Malásia para orar em um determinado templo, Emily também não conseguiu entender isso. “Então aquele é especial? Todos os templos e divindades não são a mesma coisa? Eu perguntei aos meus pais, mas eles não souberam responder.”

Quando adulta, Emily teve um amigo cristão que a convidou para ir à igreja um dia. Emily aprendeu sobre o amor e a graça de Deus. “Eu percebi que Deus sabia meu nome”, ela relembrou. “Eu não precisei dizer a Jesus meu nome ou onde eu estava para que Ele me encontrasse. Ele já sabia.” Mesmo assim, sua família teve dificuldades com sua decisão no início e em um outro momento eles aceitaram sua nova fé. Não muito tempo depois de sua decisão, enquanto trabalhava como treinadora, um dos participantes do grupo disse a Emily sobre um ministério da igreja que a interessou. “O objetivo daquele pastor era compartilhar o amor de Deus com trabalhadores estrangeiros através de aulas de Inglês”, Emily explicou. “Naquela época, eu era uma jovem cristã e não sabia como compartilhar minha fé, mas decidi tentar.” Isso a levou a viagens de ensino de inglês para a Indonésia. Vez ou outra, ela começou a ensinar em um acampamento de verão em uma vila da fronteira, na Ásia Oriental, onde serviu por todos os verões durante três anos. O diretor da escola local disse a ela que o sistema nacional de educação estava mudando e ele não sabia como cumprir com o novo curriculum. “Naquele momento, eu senti Deus me convidando a ensinar lá por um longo período,” lembrou Emily.

Ensinando inglês na Ásia Oriental

Agora, em seu quinto ano ensinando na vila, Emily sabe que ela fez a decisão certa. “eu amo crianças e tenho um jeito natural de me conectar com elas. Começamos o novo currículo com minha primeira sala de jardim de infância. Eu fiquei com eles até a terceira série e este ano eles devem fazer o exame nacional,”, ela compartilhou. Ela também treinou outro professor local em diferentes métodos de ensino. Por causa da religião primária da vila, o Budismo, estar fortemente ligada à identidade cultural, se converter a outra fé é considerado traição. A escola ensina principalmente alunos de grupos étnicos minoritários na área. A escola pode ensinar sobre Deus, mas Emily acredita que o caminho mais importante para compartilhar o amor de Deus com seus estudantes é construir relacionamento com eles. “Ninguém irá ouvir se o evangelho for atirado neles. Crianças são sensíveis: quando você demonstra amor para eles, eles reconhecem,” diz Emily. O ensino também ensinou a Emily paciência e compreensão, especialmente no trabalho transcultural, além de estar ciente da guerra espiritual. “Temos visto ataques começarem quando as coisas estão indo de acordo com o plano de Deus.” disse Emily. “Eu também tenho visto a provisão de Deus,” ela continuou. “Quando eu olho minha planilha de orçamento e suporte, há um grande déficit todo mês. Mas nunca passei fome, minhas contas são pagas no vencimento e eu tenho o suficiente para abençoar outros. De uma coisa eu sei: se você seguir o plano de Deus, Ele será fiel para abençoar e prover para você.”

Ensinando durante a pandemia do Covid-19

De volta a Cingapura, Emily perdeu seu visto, o que levou bastante esforço e tempo para consegui-lo no primeiro local. A escola abriu em agosto de 2020 por três semanas, mas Emily, já de volta a Cingapura, não pôde retornar. Embora difícil, ela conseguiu ensinar virtualmente. Então, os casos de Covid-19 tomaram conta do país, e o governo fechou as escolas. A maioria das crianças que viviam na escola dormitório retornaram para casa, reduzindo a capacidade da escola de discipulá-las. “A educação deles foi interrompida. Como não existe uma regra de escolaridade obrigatória neste país, as crianças entram na escola em idades diferentes, algumas delas com mais idade, e desistem precocemente. Os meninos vão para trabalhos manuais e as meninas se casam muito jovens.” “Com o atraso gerado pela pandemia, a situação apenas piora. Não há leis contra trabalho ou casamento infantil no país, então eles estão correndo risco. Quanto mais tempo a escola ficar fechada, maior a taxa de evasão escolar. Na área rural, não é bem compreendido como a educação pode mudar vidas,” Explica Emily. “Mesmo se você for para o Ensino Médio, eles dizem: ‘Se eu estudar tudo isso, será que consigo um emprego melhor?’ Há oportunidades limitadas na área, então eles têm que viajar para outras províncias para procurar empregos melhores, o que significa deixar a família”. Ela ainda mantêm contato com alguns estudantes, ensinando virtualmente e esperando o que irá acontecer em 2021. Com esperança, a escola reabrirá em junho, como planejado, e Emily conseguirá um novo visto para voltar e ensinar seus estudantes pessoalmente. Aqueles que ela conhece por nome – e que ela tem certeza que eles sabem, o mais importante ainda, que Deus também os conhece pelo nome. Traduzido por Pamela Ferreira Texto original aqui.
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