Amor transformador

 

Jill*, uma obreira da OM em Mianmar, foi recentemente lembrada do tema do amor de Deus, que ela vinha ensinando em suas aulas de inglês, isto é, quando uma pessoa realmente entende o quanto Deus a ama, vidas são completamente transformadas.

Alguns membros da equipe de Jill visitaram pessoas que tiveram suas aldeias destruídas por conflitos, por isso eles se esconderam na selva antes de ir para a capital. Por conta dos muitos traumas, as crianças não brincavam muito, além disso não estavam dispostas — ou não conseguiam — falar sobre suas experiências. O grupo inteiro, cerca de 40 famílias, dormia em um grande e longo banco, um ao lado do outro.

A equipe de Jill foi com roupas de inverno doadas e brinquedos que sua família comprou para as crianças. Elas nunca tinham tido brinquedos antes e estavam animadas para recebê-los. O grupo jogava futebol e fazia brincadeiras diferentes com os pequenos. Os mais velhos juntaram-se a eles. Fazer algo trivial, como brincar, trouxe de volta o sorriso ao rosto dos adultos e seus rostos sérios demonstravam alegria.

No final da visita, o grupo de Jill compartilhou histórias bíblicas. A história da criação é algo que toca a vida dos budistas de uma forma poderosa e impactou a vida das pessoas desse grupo, em particular. Uma pessoa disse: “Eu não sabia que era o favorito de Deus. Eu não sabia que tinha sido criado, sobretudo não sabia que era o favorito.”

A visão de mundo do homem foi completamente transformada quando ele percebeu que poderia falar pessoalmente com Deus. O amor de Deus, vivido e mostrado de forma prática, está a fazer a diferença no mundo budista de Mianmar.

Budismo em Mianmar

Jill, originária dos Estados Unidos, chegou a Mianmar há dez anos e conheceu o marido no campo. Durante esse tempo no país, ela viu como Mianmar tem sua própria cultura dentro do mundo budista.

Dentro das grandes cidades, muitas pessoas acreditam em uma versão mais ortodoxa do budismo. No entanto, a pessoa comum nunca poderá alcançar o objetivo final dentro do budismo, isto é, o nirvana. Portanto, a maioria das pessoas mistura budismo folclórico com adoração espiritual.

Apaziguar espíritos animistas ou ancestrais por meio de oferendas e sacrifícios é o sincretismo ideal, já que as duas práticas não estão em conflito entre si, de acordo com Jill.

“A expressão comum em Mianmar é ‘fazer o bem, ficar bom – fazer mal, ficar ruim.’ Para a maioria das pessoas em Mianmar, a esperança não é escapar do sofrimento, mas ignorá-lo.” As crenças budistas moldam a cultura, e Jill diz que é um dos lugares mais generosos por causa disso. No entanto, a bondade não nasce necessariamente do mesmo amor altruísta que é oferecido por Deus.” diz Jill.

Em seu trabalho em Mianmar, Jill percebeu como experimentar o amor altruísta e abrangente de Deus em um nível pessoal e íntimo é capaz de trazer real transformação para a vida de uma pessoa. A equipe de Jill se concentra no discipulado por meio de relações pessoais e plantio de igrejas. Sua forma para concretizar isso é a educação.

Jill afirma: “Discipulado eficaz significa estar presente na vida de alguém, caminhar com ele, ter um relacionamento com ele. É melhor se você vive na comunidade, quando possível. E a oração é muito importante – oramos sempre com essas pessoas porque estamos em uma batalha espiritual.”

A equipe de Jill enfatiza a Palavra de Deus porque um novo crente vindo de um fundo budista não tem compreensão da Bíblia. A equipe é composta por três estrangeiros e 18 trabalhadores locais. A maioria dos trabalhadores locais conhece o birmanês, bem como outras línguas locais faladas fora da capital e servem como professores de jardim de infância na capital.

Com as escolas sendo fechadas devido ao COVID-19, os professores foram para outras comunidades trabalhar diretamente com as crianças. Essas comunidades menores estão ainda mais em risco de pobreza e falta de educação; eles não estão registrados no governo e geralmente são incapazes de obter uma educação. Agora, esses professores estão trabalhando com plantadores de igrejas em todo o país para compartilhar a boa nova.

Jogando pedras

Os principais desafios que os plantadores da igreja enfrentam vêm da cultura em toda Mianmar. Sendo assim, o projeto educacional utilizado é importante na criação de relacionamentos dentro de comunidades que antes eram fechadas. Além disso, se uma pessoa se torna um crente, muitas vezes ela é expulsa de sua família. Depois disso, uma morte na família ou falta de dinheiro pode ser atribuída ao fato de a pessoa ter se tornado cristã.

Outro desafio são as aldeias se irritando com os crentes compartilhando o evangelho e, até mesmo, jogando pedras ou se recusando a vender água aos seguidores de Jesus.

Para combater esses desafios contra o compartilhamento do evangelho, a equipe de Jill realiza treinamentos com os crentes locais que Deus chamou para viver e trabalhar em diferentes, e muitas vezes, em áreas difíceis de toda Mianmar.

Essas pessoas estão trabalhando em lugares menos alcançados, e muitas vezes são os únicos crentes em sua área. O treinamento abrange como compartilhar o evangelho efetivamente com os budistas, bem como multiplicar como crentes.

A equipe de Jill se reúne com os plantadores da igreja regularmente, ora com eles duas vezes por semana e arrecada fundos para equipamentos como motocicletas para equipar melhor o ministério. Jill diz ter visto uma quantidade encorajadora de frutos espirituais dos plantadores da igreja em 2020, quando 43 pessoas passaram a conhecer Jesus e 15 delas foram batizadas.

*Nome alterado

Escrito por Annie Reed
Traduzido por Orlando Silva

Texto original aqui

admin

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